Realizada a 26ª Conferência Regional da FAO
6 de maio de 2010
O Relatório do Comité Técnico apresentado ao princípio
da tarde de hoje era aguardado com alguma
expectativa sobretudo devido as conclusões a que
chegaria no toca a questões que se prendem por exemplo
com as “Repercussões das mudanças climáticas sobre
a segurança alimentar e gestão dos recursos naturais”
e os “Apoios prestados pela FAO aos países para os
programas relacionados com Agricultura”.
Com uma agricultura de sequeiro, subdesenvolvida portanto que reproduz círculos viciosos de
pobreza familiar é com natural expectativa que os olhos do continente convirjam para
Luanda onde ministros e representantes de 53 países estão reunidos para decidir
sobre questões que têm a ver com a fome, segurança alimentar, reformas e o plano
de trabalhos para os próximos anos. O dia de hoje foi intenso de trabalhos.
O Relatório da Conferência é adoptado amanhã. Angola que tem recursos e potencial para
a agricultura apresentou-se com números de um balanço positivo a indicar melhorias
segundo o Executivo. Por exemplo, passou de menos cinco passou para 58 por cento o
contributo total do PIB não petrolífero segundo o Vice-Presidente da República.
Fernando Dias dos Santos “Nandó” falava hoje na cerimónia de abertura da sessão de
Ministros de África. Apesar de reiterado entusiasmo por parte dos políticos, da teoria a
prática é grande a distância. Este evento conta com a supervisão da Sociedade Civil
que se mostra preocupada não só com asformas de tomadas de decisão e da própria
condução das mesmas decisões. Vieram a Luanda idos de vários países para
escalpelizar ponto a ponto o cumprimento dos acordos anteriormente assumidos pelos
executivos. Previam intervir na sessão plenária de ministros e ver reflectidos os seus
pontos de vista no relatório final desta Conferência.
Por exemplo, dez por cento dos respectivos Orçamentos dos Estados devia
ser dedicado a agricultura. Esta foi uma decisão da conhecida reunião de Maputo.
Mas poucos países puderam cumpri-la. A corrida pela posse da terra por parte de
grupos empresariais começa a ser vista como ameaça aos interesses das comunidades
locais. As consequências da experiência da revolução verde no México e na Índia,
modelo que se pretendia para o continente Africano começam a enfrentar resistências.
O “side event” reúne 30 participantes representando África que regista a ausência
da Nigéria, África do Sul e Zimbabwe. Desconhecem-se as razões.